Eu não sei transformar conteúdo educativo em jogo!
duran • January 28, 2021
Tá, mas quero aprender…
Olá, tudo bem? Pelo visto estava por aí procurando ideias e dicas de como transformar um conteúdo educacional em um jogo para ser aplicado a alunos ou funcionários. Vamos lá, aqui algumas dicas rápidas de como fazer:
1 - Tenha em mente o conteúdo que deseja abordar.
O grande risco aqui no começo da jornada é escolher um conteúdo muito vasto que pode trazer problemas. Geralmente relacionado ao tempo necessário para rodar o jogo, foco e engajamento no projeto. Quanto mais informação desejar inserir, maior será o tempo de desenvolvimento. O ideal para começar é escolher um tema restrito para que possa visualizar o início e o fim de forma clara. Por exemplo, se vai falar de Revolução Francesa, escolha um fato relevante para começar ao invés de querer tratar do assunto como um todo.
2 - Tenha claro qual o objetivo pretende alcançar com o jogo
Treinar uma competência X, difundir um conhecimento Y, promover integração e integração com participantes, estimular a criatividade. Não importa. Sabendo o que deseja alcançar com o jogo a jornada fica mais fácil.
3 - Comece estruturando o “core” do jogo.
Estou utilizando aqui um termo muito difundido no ecossistema startup. O core é a estrutura básica que faz com que uma solução se sustente. Por exemplo: qual o core do Netflix? O usuário paga uma assinatura mensal de X para ter acesso via streaming a conteúdos audiovisuais diversos, como filmes, séries e documentários.
Transpondo isso para o universo dos jogos, o core é a estrutura que se repete durante todo o jogo e que vai sustentar a experiência. No caso aqui da Startup Mundi, nosso core são os temas que abordamos em formato de perguntas e respostas. O “core”pode variar bastante e quanto maior for o seu repertório de experiência de jogos, maior vai ser a disponibilidade de exemplos que para que possa utilizar. Uma sugestão aqui é fazer uma lista de alguns jogos, sejam eles online, tabuleiro ou cartas por exemplo, e encontrar qual a estrutura básica deles. Com essa lista em mãos, tente escolher aquele que mais se adapta às suas necessidades e objetivos e que seja bem familiar a você.
Se encaixa bem com seu tema e objetivos, siga em frente para o próximo passo.
Fique atento: defina qual a sua disponibilidade de tempo, recursos financeiros e de pessoal para fazer essa escolha. Não adianta querer dar um salto maior que a perna e definir estruturas de jogo complexas demais sem recursos para isso. Comece pelo simples e viável.
4 - Mãos a obra
Os 3 passos anteriores são tarefas mais ligadas à concepção do seu jogo. É algo que pode fazer andando pela rua, pedalando, conversando com amigos e parceiros. Não vai exigir de você muita dedicação. Mas não por isso deixa de ser importante para guiar a jornada de transformação. É algo como fazer uma rota de viagem. Mas chegou a hora do embarque, tenha seu passaporte em mãos para atravessar o portal do desenvolvimento.
Tema: check
Objetivo(s): check
Core definido: check
Hora de criar o core e transformar o conteúdo de acordo com a estrutura do jogo. O que vamos fazer nesse momento é ter um protótipo funcional do nosso jogo, ou seja, algo que possa ser jogado e testado para que seja possível avaliar o que funciona e o que não funciona. Independentemente do ambiente, online ou offline, o ideal é ter muito papel, canetas e lápis diversos para que seja possível construir esse protótipo. Caso prefira desenvolver em um computador, sinta-se a vontade. Só tenha claro que o resultado final deve ser testado.
Jogue quantas vezes for necessário para validar o seu core. É hora de chamar amigos, colaboradores, parceiros, público-alvo, etc. Esta etapa é bem parecida com a etapa de MVP de uma startup. O objetivo é testar, avaliar, melhorar, testar, avaliar, melhorar, até que seja possível chegar a uma versão do jogo que possa ter uma versão beta para “entrar no mercado”. Não se preocupe muito neste estágio com o visual do jogo. O mais importante aqui é ter o core definido, validado e apto a receber as melhorias de jogabilidade.
5 - Incorporando elementos de jogabilidade
Esta etapa de desenvolvimento corre em paralelo com a etapa anterior nesse ciclo de testar, medir, aprender e melhorar. No desenvolvimento do Game Experience da Startup Mundi, por exemplo, conforme fomos testando e validando o core de perguntas, fomos incorporando outros elementos como mercado, serviços e imprevisibilidades. Estes novos elementos foram aparecendo como necessidades para ganharmos engajamento, para conseguirmos dar sentido ao ecossistema como um todo e trabalhar com sensibilizações. Nosso objetivo era chegar ao Aue!
6 - Aue!
O que é o Aue! Bom, é algo que inventei agora, mas que pode ser definido como aquela sensação de que o jogo atingiu maturidade suficiente para entrar em produção. Que o objetivo foi alcançado e que a experiência de jogo promove um Aue! para os participantes.
Chegando aqui é hora de avaliar qual o investimento de tempo e recursos está disposto a gastar para criar um produto final mais bem acabado. É o começo de uma nova etapa, que falamos em outra oportunidade!
Abraços e bom trabalho a todos!

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