Por que os polos tecnológicos têm se descentralizado no Brasil
Hubs fora dos grandes centros oxigenam e trazem um novo fôlego para o universo do empreendedorismo e o ecossistema de startups
A cultura de um povo, país e empresa não nasce e cresce ao acaso. E, mais do que isso, não se fortalece sem pessoas para enriquecer o conjunto de ações, palavras e conhecimentos. É por isso que os polos de empreendedorismo são importantes para fomentar a cultura de inovação. Pesquisa da Associação Brasileira de Startups (Abstartups) e Accenture, intitulada Radiografia do Ecossistema Brasileiro de Startups , revela que o mapa das startups está se descentralizando no Brasil. São pelo menos 130 comunidades espalhadas pelo país, batizados com nomes curiosos que mencionam características da região.
Pernambuco conta com a comunidade Manguezal, no Ceará há Rapadura Valley e em Minas Gerais, San Pedro Valley.
A pesquisa teve participação de mil startups, sendo que 73% estão localizadas em 10 comunidades.
Ecossistema de startups
Esses grupos que encontram-se fora dos grandes centros oxigenam e trazem um novo fôlego para o universo do empreendedorismo e o ecossistema de startups.
De acordo com a Radiografia do Ecossistema Brasileiro de Startups, os empreendedores mais satisfeitos dentre as 10 comunidades estão em Pernambuco, na comunidade de Manguezal, seguido do Paraná, na Red Foot, e Minas Gerais, em San Pedro Valley. Os grupos estão crescendo e se aprimorando na mesma medida. Pois eles sabem que ter um panorama geral do ecossistema da startup é essencial para os fundadores, investidores e todos aqueles que trabalham neste universo. Diálogo e troca de experiência O ecossistema das startups tem muito a contribuir com as empresas , pois já desenvolveu grande parte do que as companhias estão querendo implementar agora. E esses dois mundos, que antes estavam anos luz de distância agora estão se aproximando e criando pontes de conexão para diálogo e troca de experiências. Os pioneiros estão dispostos a contar as novidades daquilo que descobriram, aprenderam e vivenciaram. E esse diálogo e entendimento serão a chave para o sucesso daquilo que hoje damos o nome de inovação aberta.
Se pensarmos no esforço de trazer a cultura da inovação para dentro de uma empresa devemos considerar o fato de que ações esporádicas não levam a lugar algum — ou, sendo otimista, levam a algum lugar, mas por pouco tempo. Assim, é fundamental ter em mente que a inserção da cultura de inovação deve ter ações contínuas e oferecer novos recursos que possam enriquecer o dia a dia de quem pretende estar dentro dela. Viver a cultura de inovação é ter à disposição ferramentas, conceitos, abordagens e processos que contribuam para que isso aconteça de modo efetivo. É o que essas comunidades de empreendedores estão fazendo.
Publicado no InovaJor http://www.inova.jor.br/2018/10/24/polos-tecnologicos/?utm_source=inova.jor&utm_campaign=97e4af3...
